Lutando contra a sepse em recém-nascidos nas UTIs neonatais
14 November 2024
É o início de mais um dia no Hospital Neonatal e da Mulher Especializado de Mulango, em Kampala, Uganda. Judith Atucungwire, enfermeira-chefe da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal, veste seu uniforme e coloca uma rede de cabelo e um estetoscópio no pescoço. Em seguida, ela higieniza as mãos e se reúne com os colegas para discutir os resultados dos exames recém-nascidos da unidade. Judith tem acompanhado de perto o progresso deles nos últimos dias, atenta a sinais como mudanças na cor da pele ou dificuldade para respirar.
“Em um momento eles parecem estar melhorando e se recuperando, mas em questão de horas a situação pode mudar”, diz Judith.
Todos os bebês na UTI neonatal são de alto risco. Quando eles são admitidos, Judith e outros profissionais de saúde coletam sangue para avaliar se há inflamação e fazer a contagem das células sanguíneas. Eles procuram por sinais de anemia e sepse, uma reação potencialmente fatal do corpo a uma infecção grave.
No caso da sepse, cada minuto conta. Os médicos devem administrar antibióticos rapidamente.
Se o tratamento for eficaz, Judith verá a diferença: o bebê ficará mais ativo e terá mais apetite.
Se o tratamento for ineficaz, os médicos recorrerão a tratamentos alternativos para tentar salvar a vida do bebê.
Infelizmente, os médicos têm observado que os tratamentos existentes para a sepse neonatal estão cada vez mais ineficazes.
“O maior desafio agora é que temos poucos medicamentos comuns e enfrentamos resistência muito alta” disse a Dra. Flavia Namiro, que trabalha com Judith no Hospital Neonatal e da Mulher Especializado de Mulango. “Encontrar opções está se tornando cada vez mais difícil todos os dias. E os medicamentos de segunda linha são mais caros – nem todo mundo consegue pagar”, disse ela.
Apesar desses desafios, Judith sente uma enorme satisfação no seu trabalho.