Vencendo a luta contra uma infecção potencialmente fatal durante o parto
14 November 2024
Astrid andava ansiosamente pela unidade pré-natal do Hospital Universitário de Genebra (“HUG”, na sigla em inglês), na Suíça, esperando a chegada do seu bebê.
Sua bolsa havia rompido horas antes. Desde então, ela havia feito uma série de exercícios físicos para estimular o trabalho de parto, mas ainda não estava com contrações. Os médicos decidiram que era hora de induzir o parto e aumentaram gradualmente a intensidade das intervenções para estimular uma resposta.
De repente, tudo começou a acontecer muito rápido.
Astrid começou a tremer e a vomitar. Sua temperatura subiu para 39,9 °C. Os médicos perceberam que ela tinha uma infecção na corrente sanguínea que ameaçava sua vida e que era preciso agir imediatamente.
“Eu estava preocupada com meu bebê, mas até aquele momento, nunca tinha me preocupado comigo mesma”, disse Astrid.
Embora a mortalidade materna tenha diminuído nas últimas duas décadas, permanece inaceitavelmente elevada, especialmente em países de baixa e média renda. Mesmo em países ricos como a Suíça, o parto pode ser acompanhado de complicações graves.
Em pouco tempo, Astrid iniciou o tratamento com antibióticos intravenosos. Os médicos controlaram a infecção, e Astrid deu à luz a uma menina saudável, a Olivia.
Infelizmente, esse não foi o último desafio.
Provavelmente em decorrência da infecção, Astrid começou a apresentar uma hemorragia. Foram necessários mais de dez profissionais de saúde, uma cirurgia de emergência e um tratamento experimental para estabilizar sua condição e parar o sangramento. Durante esse período, Astrid recebeu 13 unidades de sangue, antibióticos intravenosos por cerca de uma semana e antibióticos orais por mais duas semanas.
“Se não fosse pelos antibióticos, eu não estaria aqui”, disse Astrid.
A experiência quase fatal de Astrid durante o parto fortaleceu seu compromisso com o trabalho na GARDP, onde atua como Gerente de Assuntos Científicos.
“Minha experiência toca em diversos tópicos, como a pesquisa sobre saúde materna, que difere de outras áreas da pesquisa médica, e o acesso à saúde, que é uma parte importante da missão da GARDP”, disse ela. “Sou muito grata por ter tido acesso a tudo de que precisei e por todas as pessoas incríveis que cuidaram de mim. Eu realmente sei o quanto sou privilegiada por estar viva”, reconheceu Astrid.
Há algo que ela queira que as pessoas saibam?
“Ninguém pode se acomodar e pensar: ‘Isso não vai acontecer comigo’. Pode acontecer com qualquer um, em qualquer lugar do mundo”, afirmou ela. “Sem acesso à saúde, incluindo antibióticos que salvam vidas, mulheres vão sofrer e morrer desnecessariamente.”
Para saber mais sobre o trabalho da GARDP em acesso a antibióticos, visite: https://gardp.org/access-to-antibiotics/
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